QUASE – MUITAS VEZES A REAL TRAGÉDIA DA VIDA

Olá amigo, convido você a ler com toda sinceridade de consciência o belo texto de Sarah Westphal, e veja se isto não é uma realidade que graças a Deus provoca o estado de espírito.

QUASE

Pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um QUASE. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Pense nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perderam por medo, nas ideias que nunca saíram do papel por essa infeliz mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença do “Bom dia”, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há o perdão; para os fracassos, a chance; para os amores impossíveis, o tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. DESCONFIE DO DESTINO E ACREDITE EM VOCÊ.

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando.

Porque, embora quem quase morre esteja vivo, QUEM QUASE VIVE JÁ MORREU.

Sinceramente espero que tenha apreciado. Forte abraço Jackson Baia.

FONTE: Texto de Sarah Westphal uma catarinense, autora da crônica “Quase”, que durante anos foi atribuída ao escritor Luis Fernando Veríssimo, sendo publicada na França, numa coletânea de textos e versos de escritores brasileiros, reunidos por uma escritora francesa.

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